– Biografia –
Raquele Magalhães é uma musicista eclética, fascinada pela música de câmara, exibindo seus talentos musicais em performances clássicas, improvisadas ou interdisciplinares.

Ela deve seu atual impulso à confiança do estado francês que lhe concedeu uma bolsa ao longo dos anos no Conservatório Nacional de Música (CNSMD) em Paris e em Lyon. Raquele Magalhães recebeu o primeiro prêmio por flauta na classe de Alain Marion & Sophie Cherrier em Paris e com sucesso fez um PhD com Philippe Bernold em Lyon. Foi aluna de Celso Woltzenlogel no Brasil e Philippe Pierlot na França, grandes mestres da flauta a aconselharam, como Jean-Pierre Rampal, Paula Robison, Felix Renggli, Ransom Wilson, Michael Fausto, Keith Underwood, Benedek Csalog.

Foi premiada na competição internacional Maria Canals, em Barcelona, ​​no “Jeunesses musicaises”, em Bucareste, e cinco vezes a primeira vencedora nas Competições Nacionais do Brasil. Iniciou sua carreira como solista aos onze anos com a Orquestra Sinfônica Brasileira, a Orquestra Sinfônica da Universidade do Rio de Janeiro e a Orquestra Sinfônica de Piracicaba (Brasil). Ela seguiu sua carreira de solista com a Orquestra Nacional de Lyon, a Orquestra Pays de Savoie e a Orquestra dos Conservadores Premiados (França), a Orquestra Filarmônica de Xangai (China), o Ensemble Link Together (Alemanha) e a Orquestra Sinfônica Galicia (Espanha) .

Raquele Magalhães foi nomeada Principal Flauta com a Orquestra Filarmônica de Xangai na China em 2005-2007, com a Orquestra de Conservadores Premiada na França de 2002 a 2005 e Principal Piccolo com Orquestra Sinfônica de Divertimento na França de 2009 a 2019. Trabalhou com Myung Whun Chung , Zsolt Nagy, Yo-Yo Ma, Daniele Gatti, Josep Pons, Ilan Volkov, Lionel Bringuier, Leon Fleisher, Stefan Blunier, Mark Foster, Stefan Asbury, Pascal Rophé, Rumon Gamba, François-Xavier Roth.

O seu grande interesse pela música de câmara levou-a a participar numa variedade de Festivais na Europa, Brasil e Extremo Oriente, tais como: Festival do Croisement (China), Festival Martinu (Checo), Festival de Música Vollore Classique au Vert, Festival Piano à Riom, Festival de Cordes-sur-Ciel, Festival, Festival Boucard, Festival Louberon, Festival Toulouse les Orgues (França), Festival Internacional da Associação Brasileira de Flauta, Festival Londrina (Brasil), Mednarodni Cikel Kocertov (Eslovênia). Já se apresentou na Cité de la Musique, Salle Cortot, Auditório do Museu Orsay, Théâtre Mogador e Salle Gaveau em Paris, Auditorium de Lyon em Lyon no Centro de Artes Orientais em Xangai, Orgelpark em Amsterdã, Salla Cécilia Meireles e no Centro Cultural do Banco do Brasil no Rio de Janeiro, o Shiodome Hall e o Kobe Arts Center no Japão. Nesses locais, ela dividiu o palco e tocou música de câmara com Maurice Bourgue, Sergio Azzolini, Wu Wei, Kenneth Weiss, Davitt Moroney, Jonas Vitaud, Karina Sabac, Alain Planès, Berthaud Lise, Philippe Bernold, Jacob Ariane, Xu Zhong, Emilie Gastaud, Theodor Comann, Frédéric Stochl, Romain Garioud e Alain Meunier.

Em 2011, Raquele Magalhães obteve seu diploma de ensino de CA e mestrado europeu em educação musical no CNSMD em Paris. Trabalhou com os compositores Hugues Dufourt e Jérôme Combier para o seu programa de pesquisa intitulado: “A contribuição das artes plásticas para a interpretação musical”. É professora nos Conservatórios de Fontenay-sous-Bois e Puteaux.

Raquele Magalhães é a diretora artística da associação “A Fleur de Notes” e do Festival Atours de notes em Tours, que desenvolve projetos de música de câmara em toda a Europa. Em 2017, ela criou com Lorène de Ratuld e Aurélienne Brauner o Trio Valadon.

Em janeiro de 2013, ela gravou para Naïve com os trabalhos Choent Accentus de Janacek – uma gravação que recebeu as maiores recomendações das revistas culturais Diapason d’Or e Telerama.

Patchwork, seu CD gravado com piano e lançado em 2016 pela gravadora francesa Evidence Classics, aprimora grandes compositores da Europa Oriental do século XX. A revista de música francesa Diapason premiou a Patchwork com 5 Diapasons, 3 *** para a Classica e a Revista Alemã Fono Forum recebeu o Patchwork com 4 **** para Music e 4 **** para Recording. Este CD e o artista receberam boas críticas de Christoph Schlüren, Crescendo, de Gérard Pangon, da Musik Zen, de Olivier de Felice, do Syndicat des Journalistes de la Presse Périodique, do Luxemboug Review Pizzicato, de Frédéric Hutman da Classicagenda. Participou de alguns programas de rádios diferentes na França, como França Musique, France Culture, RCJ e Radio Jade na Alemanha.

Detalhes

Raquele Magalhães participou de pesquisas sobre sons multifônicos e participou de inovadoras criações musicais, com compositores como Hugues Dufourt, Bernat Vivancos e Pierre Farago. Os dois últimos compositores dedicam-se a ela algumas peças.

Fotografia: http://www.raquelemagalhaes.com/photos
Fonte: http://www.raquelemagalhaes.com/biography
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A Flauta que vem de Valença

Musicista de sucesso na França, a fluminense Raquele Magalhães faz apresentação em Vassouras, durante o II Fórum de Música, Gestão, Educação e Cidadania

Da língua francesa Raquele Magalhães balbuciava apenas meia dúzia de palavras – aprendidas às pressas – quando desembarcou em Paris naquele 1996. Tinha 16 anos, uma flauta e dois endereços primordiais na cidade: a casa de uma família que a iria acolher e o conservatório, onde desbancou outros 80 candidatos na disputa por estudar com o prestigiado músico belga Philippe Pierlot. Vinha do município de Valença RJ, onde nasceu e cresceu. Nos 14 anos seguintes, estudou com mestres como Alain Marion e Philippe Bernold, integrou orquestras em lugares tão diversos quanto os Alpes Franceses e a Galícia, entrou para uma banda de jazz na Alemanha e foi premiada em concursos como o Maria Cannals (de Barcelona) e o Juventudes Musicais (de Bucareste). Durante dois anos foi a primeira flautista da Orquestra Filarmônica de Shanghai, na China. O Brasil, porém, não via uma apresentação da moça desde 1998.

“Nesse tempo eu busquei várias oportunidades para tocar no Brasil, mas não consegui”, lamenta a musicista, com forte sotaque francês. No repertório do recital, há obras de Mozart, Villa Lobos, Astor Piazzola e Pixinguinha, entre outros. Uma seleção que condiz com o ecletismo que tem marcado a carreira de Raquele.

Ensino e pintura

“Quem toca algum instrumento na França tem a obrigação de conhecer todos os compositores, todas as épocas da música”, justifica, ressaltando que, quando esse instrumento é a flauta, as exigências são ainda maiores. Afinal, o país tem uma das mais consistentes tradições no assunto.

Por isso mesmo, ela não pensa em voltar para o Brasil. Na França, onde vive com o marido Cedric, Raquele está terminando o mestrado no Conservatório Nacional Superior de Música de Paris, com um estudo sobre como enriquecer a interpretação musical a partir de um quadro. “Não pinto, mas gosto muito de pintura. Adoro Kandinsky e os abstratos, Van Gogh e os impressionistas”, diz.

Além disso, a fluminense ensina flauta e música de câmera nos Conservatórios Regionais Municipais de Savigny-sur-Orge e de Fontenay-sous-Bois. Desde 2000, trabalha em projetos musicais com crianças no Hospital Necker – Paris, no Instituto do Câncer Marie Curie – Paris e com crianças com deficiência, no Conservatório de Vincennes.

A flautista viveu dois anos na China, onde integrava a Orquestra Filarmônica de Shanghai

By: Juliana Krapp
http://www.cultura.rj.gov.br/materias/a-flauta-que-vem-de-valenca

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