No sábado 30 de novembro, tivemos o resultado do III Concurso de Cafés Especiais do Estado do Rio de Janeiro. Realizado no Palácio Guanabara, os cafés das regiões produtoras fluminenses conquistaram e tiveram destaques nas finais do concurso.
Cafeterias, torrefações e indústrias locais e nacionais tiveram a oportunidade de provar os cafés e puderam dar lances no leilão durante o evento.
O 1º lugar na categoria natural ficou o produtor Paulo Roberto dos Santos, da Fazenda Florença aqui na nossa Cidade em Valença, onde um trabalho de qualidade iniciado em 2014 na região do Vale do Café com as antigas propriedades que produziam café no Estado teve a premiação merecida por tanto empenho e dedicação. Localizada em Conservatória, a Fazenda retomou o plantio de café em 2017, com variedades novas e com orientação da Universidade Federal de Lavras (UFLA) sob a coordenação do professor Flavio Borem.

Sergio Zeiger / https://www.flickr.com/photos/sergio_zeiger/30225090104

O projeto coordenado pelo Sebrae RJ tem o objetivo de revitalizar o Vale do Café, região histórica que foi responsável pelo produção de 75% do café do mundo.
A região foi a maior produtora do café,  nossa origem e nossas histórias em torno desse bem tão apreciado no mundo.

Com muita emoção o produtor recebeu o prêmio e teve sua saca arrematada por R$ 11.500 pela Café Capital – indústria e cafeteria da cidade – que disputou lance a lance com o Supermercado Zona Sul. No fim, Luciano Inácio, da Capital, deu o maior lance:
“Extrema emoção pois a Fazenda Florença foi uma tradicional produtora de café no século XIX e ficou quase 80 anos sem produzir café. E agora foi coroada com essa premiação”, fala Paulo Roberto.

Com 36 amostras em seleção prévia e os 10 melhores foram conhecidos em cerimônia no Palácio Guanabara e, os cafés, participaram de leilão com torrefações, cafeterias e indústrias locais.

Segundo Moacyr Carvalho, presidente da Associação de Cafeicultores do Rio de Janeiro (Ascarj), hoje são 2.600 produtores de café no Estado que já foi o maior produtor do mundo. Em média são 50 hectares de pequenos cafeicultores, familiares e que produzem um total de 386 mil sacas/ano.

Destaque para importância do investimento na qualidade e claro ampliar o mercado, oferecendo um produto de excelência e agregando valor ao produtor o que fará com que todos possam ter o melhor resultado.

Para Bruno Souza, coordenador do concurso e proprietário da Academia do Café, os cafés estavam muito complexos e os finalistas tiveram notas acima de 82 pontos. “Os produtores do Rio de Janeiro estão de parabéns e esse é um trabalho muito importante. É prazeroso ter esses cafés expressivos e de qualidade excepcional”.

Os demais café finalistas foram leiloados com valores altos, com média de R$ 4.000 a saca.

Resultado Final:

Via Úmida
1º lugar: Paulo Henrique Ricci (Sítio Santa Reginalda e Bom Jardim – Noroeste – Despolpado – 85,56 pontos)
2º lugar: Fabiano Antonio de Oliveira Rodolphi (Sítio Vai e Volta – Noroeste – Desmucilado – 84,81 pontos)
3º lugar: Enio Geraldo Marteline Neles (Fazenda São Mamede – Noroeste – Despolpado – 84,75 pontos)
4º lugar: Everaldo Tardin Erthal (Fazendinha Bela Vista 1 – Serrana – Descascado – 84,38 pontos)
5º lugar: Alyne Silva de Almeida (Sítio Vai e Volta – Noroeste – Desmucilado – 82,56 pontos)

Natural
1º lugar: Paulo Roberto dos Santos (Fazenda Florença – Vale do Café – Natural – 84,69 pontos)
2º lugar: Evando José Menim (Fazenda Boa Esperança – Noroeste – Natural – 84,25 pontos)
3º lugar: Geraldo Vargas de Moraes (Fazenda Ribeira e Soledade – Noroeste – 83,38 pontos)
4º lugar: Enio Geraldo Marteline Neles (Fazenda São Mamede – Noroeste – 83,31 pontos)

O leilão arrecadou em disputados lances o recorde de R$ 11.500 pela saca do produtor Paulo Roberto dos Santos, via natural, da Fazenda Florença, no Vale do Café, em cerimônia comandada pela diretora-executiva da Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA), Vanusia Nogueira.

Na área externa do Palácio Guanabara foi realizada a feira de cafés especiais em que o público pode provar os grãos do Rio de Janeiro e tiveram outros produtores de diferentes regiões.

Foto: Mariana Proença

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