A Casa Léa Pentagna é parte importante da história da colonização italiana na cidade de Valença, município do estado do Rio de Janeiro que mais recebeu imigrantes italianos. A casa conserva até hoje as malas utilizadas pelos imigrantes na viagem até o Brasil. Localizada no centro de Valença, a casa possui 20 cômodos e um grande jardim (chácara). A influência italiana encontra-se por toda parte seja nos livros da biblioteca, seja nos objetos, seja na coleção de discos de Vivaldi.

A casa leva o nome da sua fundadora Léa Josephina Pentagna, que em testamento pediu que fosse enterrada no jardim e que a residência fosse transformada na Fundação Cultural e Filantrópica Léa Pentagna.

Dia 22 de abril de 2000, a Casa Museu foi reinaugurada, após ter passado por uma restauração, patrocinada pelo Dr. Lúcio Pentagna Guimarães (através da lei Rouenet), que com sua habitual sensibilidade não mediu esforços para que a casa ressurgisse com sua antiga beleza.

Lea Josephina Pentagna nasceu em 1909, na cidade de Piracicaba SP e faleceu em Valença, em 1983.

De espírito alegre, vaidosa com sua aparência, boa para seus empregados, tinha verdadeira adoração por seus irmãos, Vito e Léo. Relacionava – se bem com a mãe, D. Alzira, com quem gostava de passar horas bordando.

Em virtude de seu gosto pela Arte e de suas constantes viagens, conheceu artistas famosos, dentre eles, os escritores Lúcio Cardoso e Maria Helena Cardoso e o pintor espanhol Perez Rubio.

Além de apoiar financeiramente eventos culturais a Sra. Léa cedia sua própria residência para a Academia Valenciana de letras realizar reuniões e festas e, também, para as filmagens de ” A Casa Assassinada”, dirigido por Paulo Cesar Saraceni, com Norma Benguell, Carlos Kroeber no elenco.

Seu último desejo, expresso em testamento, era o de ser enterrada nos jardins de sua casa.

Seu pedido foi atendido e, hoje ela descansa em paz cercada de flores coloridas, conforme ela recomendava aos amigos e empregados.

A Fundação

Ao morrer em 1983, D. Lea Pentagna deixa, em testamento, que sua propriedade seja transformada na Fundação Cultural e Filantrópica Lea Pentagna.

Lea Pentagna, ao deixar seus bens para o povo, estava na verdade, confirmando o espírito solidário de sua família que entre os feitos já declarados foi, também, responsável pela criação da primeira escola de 2º grau em Valença, pela reforma da Igreja do Rosário e pela doação da Chácara Pentagna à Diocese de Valença.

Assim, a Fundação nasceu: do desejo de Léa Pentagna de “propagar, estimular e proteger o gosto pelo estudo das ciências, artes e letras”.

A casa se abre para palestras, cursos, exposições, vídeos, apresentação de música erudita e popular e atende às Escolas durante a semana com hora marcada e, também, aos turistas em visitas orientadas, aos sábados, domingos de 9h30min às 12h30 min e de 14h às 17:h.

A Fundação Cultural e Filantrópica Lea Pentagna até o momento contou com 3 presidentes:
1º – Dr. Nilo Borges Graciosa – de 1984 a 1988
2º – Dr. Danrley Leal Moreira – de 1988 a 1995
3º – Prof. Gilberto Wilson Lima Monteiro – de 1995 até hoje

Atualmente, a Fundação tem no seu conselho Diretor as seguintes pessoas:
Presidente: Gilberto Wilson Lima Monteiro
Vice-Presidente: Maria Aprecida de Freitas Vieira
Secretário: Roberto Lamego
Tesoureiro: Luiz Francisco Moniz Figueira
Diretor de Patrimônio: Gustavo Abruzzini de Barros

A Fundação Cultural e Filantrópica Lea Pentagna presta contas anualmente ao Ministério Público e tem como auditor contratado o contabilista Maurício Medeiros da Fonseca.

A Casa

Localizada no antigo Alto do Barcelos, hoje, bairro do Benfica, a casa de pedra foi reformada no início do século passado.

Possuindo 20 cômodos, os móveis neles distribuídos são de vários estilos, destacando – se o jogo da sala Luiz Phelip(Foto), na entrada um “recaimer” de palhinha, sala de jantar com 12 cadeiras, em couro lavrado, mesa chinesa com enfeites de madrepérola e marfim.

A influência italiana encontra – se por toda parte seja nos livros da biblioteca, seja nos objetos, seja na coleção de discos de Vivaldi, em duas pequenas mesas de madeira, na sala de banho, nas gravuras da sala da lareira.

O primeiro modelo para piano, de origem inglesa e com mais de 150 anos, valoriza, ainda mais, a sala de visitas com móveis dourados e mostra, a admiração da fundadora pela música. Nas paredes, as telas são, na maioria, assinadas pelo pintor espanhol Timotheo Perez Rubio.

A casa é de estilo neoclássico e seu interior constitui-se de objetos e móveis de vários estilos, como:

– Jogo de sofá e poltronas, no estilo Luís Philip

Mais informações e visitas
www.casaleapentagna.org.br

Telefone: (24) 2453-4178
Endereço: Rua Vito Pentagna, 213 – Valença – RJ

11 COMENTÁRIOS

  1. Lindas fotos!Durante toda minha infância eu passava todos os dias em frente a esta casa.Para mim, era um palácio de princesa! Minha alegria, foi um dia que a porta do meio estava aberta e eu pude ver só um pouquinho, transformá-la em museu foi uma excelente ideia.

  2. Estava faltando mostrar toda a beleza dessa casa! As fotos ficaram maravilhosas! Mostram bem o que vemos quando visitamos a casa Léa Pentagna. Senti falta de fotos do jardim que também é lindo demais! Parabéns! Abraços.

  3. Legal saber que Valença foi o município fluminense que mais recebeu imigrantes italianos. Deve ser por isso que a estação férrea foi construída em estilo neoclássico italiano. Vivo aqui no rio, tenho parentes maternos na vizinha Vassouras; fui com primos visitar Valença pela primeira vez em 2011, gostei tanto que guardei até a data, foi no dia 03 de março daquele ano. Era um sonho antigo, desde a infância ouvia falar da cidade, quando estava passeando em Vassouras, ou vendo o seu nome nas placas dos carros. Talvez por ter uma sonoridade atraente me chamava a atenção. Não voltei mais, estou devendo essa. Quem sabe eu more aí um dia. Abraços aos valencianos!

    • Muitíssimo obrigada pelos comentários carinhosos para com nossa cidade,só assim podemos valorizar ainda mais essas belezas.Venham nos visitar!!

  4. A Casa Lea Pentagna mantém os arquivos de entrada dos imigrantes italianos que chegaram a Valença no final do século XIX?

  5. Vim morar nesta cidade por porque aqui eu tive paz para escrever os meus livros..
    Esse casarão me dar espiração para escrever mais e mais livros..
    Valença a cidade dos sonhos e realizações.
    Ana da Cigana Natasha.

  6. Bom dia,
    Meus bisavos, Arturo Togni e Augusta Pradal, italianos, viveram em Valença, casaram-se talvez no Brasil, ai em Valeça, e tiveram alguns filho . como minha avo Maria Orsolina togni,, que se casou com luiz rodrigues leal em 1917 meus avos maternos.
    gstaria muito de saber mais sobre todos,
    aso vcs possam ajudar-me, agradeceria muito,
    minha mae tb, nasceu em valença,. Conheco e gosto muito esta cidade.
    meu endereço de emaill ,
    . mg.ta2007@yahoo.com.br. Obrigada

  7. Prezados
    Não conheci Valença mas espero conhecê-la.
    Meu Trisavô Pietro Cappellari chegou em Valença em Janeiro de 1889, Juntamente com ele vieram seus filhos: Erminio Cappellari (meu bisavô) e Cesare Augusto, Benditta, Emma e Maria Luigia, bem como sua mãe Luigia.
    Meu bisavô Erminio Cappellari casou-se com Thereza Canova e tiveram um filho Victório Cappellari ai em Valença – Fazenda Santo Antonio. Depois disso mudaram-se para Lençois Paulista-SP.
    Gostaria de saber se alguém tem notícias do restante da familia ou pode me indicar quem possa. Grato

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